Ars Moriendi: A Arte de Bem Viver e Bem Morrer (Ayala Gurgel)


Trata-se de uma coletânea de textos e figuras escritos por volta dos anos de 1415 e 1450. Na minha opinião, diferente de O'Connor (1942), a obra como um todo trata-se de um catecismo para os cristãos medievais-modernos viverem os «sacramentos», por meio dos quais manteriam a fé e galgariam a salvação. 
Em termos de morte, relacionada ao sacramento da unção dos enfermos, traz protocolos, procedimentos e códigos de conduta direcionados a médicos e clérigos para o exercício do papel de nuncius mortis, que deveriam conduzir os moribundos a uma boa morte, de acordo com os preceitos do cristianismo de então. Quanto ao moribundo, exorta-o na luta contra as tentações, presentes em todas as fases da vida.
Existem duas versões das Ars moriendi: a versão longa, chamada também de Tractatus (ou Speculum) artis bene moriendi, composta em 1415, por um dominicano anônimo; e uma versão curta, que apareceu, provavelmente, em 1460, que é, na verdade, uma adaptação do segundo capítulo da versão longa, dedicado às cinco tentações que mais perturbam na hora da morte: a fé, o desespero, a impaciência, o orgulho espiritual e a avareza. A versão mais comum é assinada por Andrè Bocard, sob o título Ars moriendi: l'art de bien vivre et mourir, escrita em francês e publicada em 1493, disponível para consulta na seção Obras Raras da Librairie du Congrès, em Paris – França.

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