Aprendendo Com o Filme "Wit, Uma LIção de Vida" (Erasmo Ruiz)

Pessoalmente acredito que o cinema pode nos oferecer uma excelente oportunidade para estimular discussões e funcionar como veículo potenciliazador de mensagens e conteúdos. Nâo que o cinema possa produzir milagres, mas como expressão da arte, em algumas oportunidades, pode convidar as pessoas a refletir sobre a vida, o mundo e si mesmas.

O filme que indicamos essa semana pode ter essa capacidade, notadamente para nós que trabalhamos e militamos no campo da Saúde. Vivian Bearing (personagem vivido por Ema Thompson) é uma professora de literatura inglesa que no auge de sua carreira se descobre com mum câncer nos ovários em estágio avançado. Para tentar superar a doença, submete-se a um tratamento experimental com remotas possibilidades de cura.

Durante o tratamento, Vivian irá rever aspectos importantes de sua vida ao mesmo tempo em que reflete sobre a forma como está sendo cuidada. No meu entender é este aspecto que mais nos interessa de perto. Usando da técnica de conversação direta (quando o ator olha para a câmera e "conversa" com o público que o vê), Vivian se interroga e nos interroga sobre a triste trajetória dos pacientes hospitalares, a perda de identidade e privacidade, a refração de se discutir necessidades existenciais e a lenta tranasformação de indivídio em protocolo de cuidados.

Aos poucos Vivian vai percebendo que a forma como sempre lidou com seu próprio objeto de conhecimento e, em particular, a obra do poeta inglês John Do (quase sempre focada na morte) é similar a maneira fria e distante que agora lidam com ela. Com o passar do tempo, Vivian conclui que da mesma forma que falta sensibilidade e sentimento na forma como se produz ciência, falta também no contato entre as pessoas, em particular, quando nos aproximamos do final da vida.

Filme muito instigante para se dsicutir com profissionais de saúde em hospitais sobre a forma como estão lidando com seus pacientes. Mais rico ainda se for usado como material de oficinas em enfermarias com altas taxas de óbitos. Com certeza fará com que principalmente médicos e enfermeiras possam ser motivados a rediscutir seus processos de trabalho evidenciando as ações que fazem com que muitas vezes os pacientes os rotulem como "frios" e "insensíveis". O olhar fixo de Vivian em nossos olhos pode fazer com que prestemos mais atenção a fala dos pacientes!

De maneira geral, o filme também vale para que possamos produzir uma reflexdão sobre nossas próprias vidas. De que adiante seguir de maneira cega e acrítica nossas rotinas e obrigações se de fato não estivermos de alguma forma aproveitando a vida? Ao final da exibição fica a mensagem de que a vida descreve um arco onde, no que toca nossa vulnerabilidade, nascimento e morte parecem se encontrar!

O luto virtual: negação ou novo espaço para elaboração do luto? (Ayala Gurgel)


A categoria luto virtual já existe. Ela apareceu pela primeira vez, provavelmente, em 02 de agosto de 1999, no Newsweek, por ocasião de um artigo escrito por Cose Ellis, chamado The Trouble With Virtual Grief: The pain that so many people feel for JFK Jr. should not be confused with the actual suffering of family and friends. Nesse texto, Ellis mostrava que a internet estava se tornando um espaço privilegiado para que anônimos e pessoas distantes pudessem partilhar de um mesmo processo de luto: o luto pelos vultos pátrios ou vultos heroicos.
Esse luto, que não podia ser usado para mensurar o luto real existente entre pessoas, mas, ganhava significado à medida que se tornava cada vez mais democrático e trazia de volta manifestações públicas e coletivas de rituais que vem sendo interditados na sociedade real. Nesse sentido, o luto virtual, era a manifestação coletiva de um sentimento de orfandade de uma nação.
Outros sentidos foram se somando ao uso desse termo. Primeiro, uma ampliação da manifestação coletiva do luto para além da indignação política ou sentimento de orfandade. A própria catarse passou a ser a orientação dessas manifestações, como nos casos da morte do inocente: o da menina Isabela Nardoni ou de Eloá podem ser exemplos disso.
Essa catarse vai se tornando cada vez mais privada e as pessoas passam a usar o mundo virtual como o espaço privilegiado para a manifestação de suas emoções, como ocorre em sites de relacionamentos, spans ou sites especializados. Nesses casos, é bastante comum o enlutado assumir-se virtualmente e anexar a seu perfil ou avatar algo que o identifique como enlutado.
Outro sentido está ligado à morte do próprio avatar, ou simplesmente ao seu sumiço. Ou seja, quando alguém passa muito tempo sem entrar nos sites que costuma frequentar, a sua identidade virtual – avatar – pode ser dada como inativa, o que gera preocupações por parte dos outros internautas que estão acostumados a interagir com esse avatar. Como esses internautas vivenciam uma perda dos laços afetivos que tinham sido criados com aquele avatar, essa emoção é vivenciada como um luto.
Contudo, do mesmo modo que existem carpideiras na vida real, existem pessoas que fingem sentimentos de luto por outras razões, como aqueles que entram em comunidades para enlutados ou em perfis de falecidos com outras intenções diferentes da elaboração da dor. Alguns com o intuito de denegrir e ofender a imagem do falecido, outros com a intenção de banalizar o luto, outros, ainda, com a intenção de proselitismo religioso, ou mesmo, com o simples intuito de chocar.

O SUS nos EUA: será possível? (Ayala Gurgel)

Depois dos protestos contra o filme Sicko, de Michel Moore, apresentado pelos lobistas das indústrias privadas de saúde como uma farsa, finalmente um presidente americano resolveu discutir abertamente a questão. É evidente que ele tem ao seu lado, Hilary Clinton, que no passado já evoucou a mesma questão. E, nesse mesmo passado, como mostra Sicko, ela cedeu aos dólares dessa poderosa indústria. Esperemos que, dessa vez, o rumo seja outro. As esperanças podem ter fundamento nos fatos recentes, principalmente na insistência do presidente Barack Obama no projeto de reforma da saúde, que prevê estender o seguro médico para todos os cidadãos. Do mesmo modo, na sua determinação, conforme falou à CBS: "Não tenho nenhum interesse na aprovação de um projeto de lei que não funcione. Tenho intenção, sim, de ser o presidente que antecipou o projeto, até mesmo porque este levará minhas iniciais". Existem descontetamentos racionais e irracionais, alguns beirando o rídiculo. Os racionais incluem a defesa do liberalismo ortodoxo que exclui os gastos públicos com os direitos sociais, cuja lógica tem sido: quando mais fortes os direitos civis, mais fracos os sociais, e vice-versa. Esses estão bem fundamentados, pois se assentam sobre aquilo que sempre defenderam: um Estado como servo dos interesses dos poderosos. Mas, há também defesas irracionais. A daqueles que nada ganham com isso, ao contrário, até perdem. No entanto, manipulados pelos fabricantes de ideologia de massa, protamente aderem ao consumo do "sou contra". Um preconceito que se justifica na lógica da burrice: uma proposta dessas, vinda de um negro, contrariando a opinião de tanta gente importante, não pode ser boa. Outras são ridículas, ou tentam ridicular a fala do presidente. Dizem que ele pretende com isso um programa de matança em massa. De abandonar milhares de moribundos... só porque ele disse que é preciso discutir a assistência obstinada aos moribundos, rever os critérios de internação em UTIs etc.... Filme esse já visto aqui, quando Humberto Costa foi exacrado por tentar fazer o mesmo. Na América, como aqui, precisamos sim discutir a democracia da assistẽncia à saúde, enfrentar a indústria privada da saúde, um modelo de sociedade que nega o papel mediador do Estado a favor das camadas sociais mais empobrecidas, que prefere salvar bancos a pessoas, que gera inclusão social no lugar de dignidade humana... Estamos à frente, com o nosso SUS, evidentemente. E isso é muito bom, pois, quando queria acabar com o nosso sistema para imitar o americano, eles estão querendo nos copiar... Aguentem calados.

Tanatólogos de destaque: Maria Júlia Kovács



Maria Júlia Kovács

Professora Associada, Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento e da Personalidade, USP

Os seus projetos de pesquisa e docência têm relação com a área de tanatologia, inclusive contando com importantes publicações na área que já se tornaram leitura obrigatória no ramo. Ministra disciplinas na graduação e pós-graduação abordando temas como representações e atitudes frente à morte, conceito e vivência de morte em crianças, adolescentes, adultos e idosos, experiências de perda/morte, separação e o processo de luto, comportamentos autodestrutivos e o suicídio, o paciente "terminal" e a questão da morte, o psicólogo e o trabalho como problema da morte na formação do psicólogo, bioética nas questões da vida e da morte. Atualmente tem desenvilvido pesquisas na área de psico-oncologia, cuidados à pacientes gravemente enfermos e com profissionais de saúde que cuidam desses pacientes. Coordena o Laboratório de Estudos Sobre a Morte - LEM-USP. O Laboratório tem como um de seus objetivos a produção de filmes didáticos sobre o tema da morte, dentre os quais se destaca a coleção Falando da Morte.

Luto e Depressão (Ayala Gurgel)

Luto e depressão não são a mesma coisa. Embora Freud (Luto e Melancolia) não reconhecesse claramente essa distinção, também não admitia similaridade, pois, na sua época, as informações sobre o assunto para validar uma reflexão mais acabada eram insuficientes. Por isso, qualquer relação que ele estabelecesse entre as duas categorias (o luto e a melancolia) estariam, inevitavelmente, comprometidas com tais condições. A sua saída foi considerar a melancolia (que pode corresponder clinicamente a depressão) como uma espécie patológica de luto. Ou seja, ela tem todos os elementos do afeto normal do luto, mas acrescidos do impulso de raiva. Impulso esse ambivalente que se direciona contra a pessoa falecida e para o interior do próprio enlutado: "O luto, de modo geral, é a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante. Em algumas pessoas, as mesmas influências produzem melancolia em vez de luto; por conseguinte, suspeitamos que essas pessoas possuem uma disposição patológica. Também vale a pena notar que, embora o luto envolva graves afastamentos daquilo que constitui a atitude normal para com a vida, jamais nos ocorre considerá-lo como sendo uma condição patológica e submetê-lo a tratamento médico. Confiamos que seja superado após certo lapso de tempo, e julgamos inútil ou mesmo prejudicial qualquer interferência em relação a ele. Os traços mentais distintivos da melancolia são um desânimo profundamente penoso, a cessação de interesse pelo mundo externo, a perda da capacidade de amar, a inibição de toda e qualquer atividade, e uma diminuição dos sentimentos de auto-estima a ponto de encontrar expressão em auto-recriminação e auto-envilecimento, culminando numa expectativa delirante de punição. Esse quadro torna-se um pouco mais inteligível quando consideramos que, com uma única exceção, os mesmos traços são encontrados no luto. A perturbação da auto-estima está ausente no luto; fora isso, porém, as características são as mesmas. O luto profundo, a reação à perda de alguém que se ama, encerra o mesmo estado de espírito penoso, a mesma perda de interesse pelo mundo externo na medida em que este não evoca esse alguém, a mesma perda da capacidade de adotar um novo objeto de amor (o que significaria substituí-lo) e o mesmo afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja ligada a pensamentos sobre ele. É fácil constatar que essa inibição e circunscrição do ego é expressão de uma exclusiva devoção ao luto, devoção que nada deixa a outros propósitos ou a outros interesses. E, realmente, só porque sabemos explicá-la tão bem é que essa atitude não nos parece patológica" (Freud, Luto e Melancolia, 1976, p.261-262). A depressão pode ter como fator desencadeador o luto, mas não é correto identificar uma com o outro. Na ótica de Worden (Terapia do Luto, 1998, p.45), os principais motivos que temos para não identificá-los são: na reação normal de luto não ocorre a perda da auto-estima, o que é bastante comum no quadro clínico de um depressivo. As outras características podem ser as mesmas: sintomas clássicos de distúrbios do sono, distúrbios de apetite e tristeza intensa. Isso é coerente com as teses de Freud, pois, a presença de auto-estima como elemento diferenciador entre o luto e a depressão já tinha sido proposto por ele quando observou que "(...) O melancólico exibe ainda uma outra coisa que está ausente no luto, uma diminuição extraordinária de sua auto-estima, um empobrecimento de seu ego em grande escala. No luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio ego" (Freud, Luto e Melancolia, 1976, p.263). Nessa perspectiva, o enlutado com uma reação afetiva normal não se volta contra si mesmo, sua raiva ou culpa está associada, de certa forma, a algo que fez ou deixou de fazer no mundo; a algo que faça ou deixou de fazer sentido. Já o enlutado com um quadro depressivo é diferente. Sua referência ao mundo é nula, um vazio pleno, de onde podem decorrer ideações suicidas, prejuízo funcional mórbido, retardo psicomotor ou duração prolongada do luto (WORDEN, 1998, p.46). Isso porque, quando o próprio ego se esvazia, nada mais passa a fazer sentido. Semelhança de raciocínio encontramos nos escritos de Heidegger (O que é Metafísica? 1999), quando discorreu sobre a angústia. Para ele, o homem angustiado perde toda e qualquer referência de sentido. Ele se sabe, mas não sabe o que o faz sentir o que sente: "Na angústia – dizemos nós – 'a gente se sente estranho'. O que suscita tal estranheza e quem é por ela afetado? Não podemos dizer diante de que a gente se sente estranho. A gente se sente totalmente assim. Todas as coisas e nós mesmos afundamo-nos numa indiferença. Isto, entretanto, não no sentido de um simples desaparecer, mas em se afastando elas se voltam para nós. Este afastar-se do ente em sua totalidade, que nos assedia na angústia, nos oprime. Não resta nenhum apoio. Só resta e nos sobrevém – na fuga do ente – este 'nenhum' (Heideggeer, O que é Metafísica?, 1999, p.56-57) Por essa razão, a sua conclusão é a de que a angústia é a manifestação do nada. Como manifestação do nada, a ausência de sentido deve prevalecer nas ações do homem angustiado. Ou melhor, a ausência de ações que, para ele, façam qualquer sentido. E isso inclui até mesmo querer morrer ou ter forças para fazê-lo quando o desejo existir. Mas, não pensemos que haja uma passagem natural do luto normal para um quadro depressivo. Ao contrário, as pesquisas de Jacobs (apud Worden, Terapia do Luto, 1998, p.46) mostraram que as pessoas que apresentaram quadros depressivos decorrentes do processo de enlutamento já tinham história de depressão ou de algum outro transtorno de saúde mental. Nesse sentido, o enlutamento não foi considerado a causa da depressão, mas o seu gatilho, e isso pode voltar a se repetir.

CFM e ANCP iniciam forum sobre terminalidade

Boas notícias na Folha de São Paulo postada por Julio Abramczyk.

Vale a pena conferir:

Amenizando a morte

JULIO ABRAMCZYK COLUNISTA DA FOLHA

O médico Roberto Luiz D'Ávila, vice-presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), instala no próximo dia 10, às 14h, em São Paulo, o fórum "Desafios: terminalidade da vida e a prática médica no Brasil". O objetivo é debater uma regulamentação dos cuidados paliativos em nosso meio e a sua introdução no currículo dos profissionais da área da saúde. Os cuidados paliativos estão relacionados à situação em que não há mais possibilidade de cura de um paciente em estágio terminal. Sua finalidade é controlar a dor, se estiver presente, e dar assistência adequada ao próprio paciente e aos seus familiares. Na realidade, essa atenção especializada não apressa e também não adia a morte. Ela oferece somente um sistema de suporte neste difícil momento da vida. Participam do fórum representantes da câmara técnica de Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos do CFM, da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, da Sociedade Brasileira de Bioética e da União Social Camiliana. Encerrado o fórum no auditório da Cinemateca Brasileira (lgo. Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino, tel. 0/xx/11/3512-6111 ramal 215), será iniciado o 2º Ciclo de Cinema e Reflexão "Aprender a viver/Aprender a morrer". O festival segue até o dia 13 com a exibição de filmes relacionados ao tema, durante a tarde e a noite.

julio@uol.com.br

100 postagens: comemorar trabalhando

Chegamos à postagem 100. Temos motivos de sobra para comemorar: mantemos regularidade nas postagens, apesar das adversidades do cotidiano; estamos ampliando a rede de instituições científicas de estudo e pesquisa em Tanatologia; provocamos o debate acerca da qualidade de assistência à terminalidade; ocupamos espaço fundamental nesse debate; mais de 9.000 acessos em menos de cinco meses, com média de 1.500 por mês e 50 por dia... no entanto, o maior motivo é dado pelo que se tem ainda a fazer em cada canto desse país. Assim, vai se constituindo uma corrente em prol da humanização da assistência aos moribundos na qual cada agente envolvido toma a responsabilidade ética de pensar o processo pelo qual a morte se tornou interdita e o que pode ser feito para revertê-lo. Não é mais aceitável que em nome da negação neurótica da morte e do morrer inadivertidamente estejamos colocando nossos entes queridos e nós mesmos em risco de morrer sem autonomia e com possibilidades significativas de dor e sofrimento ampliados. O conhecimento de que dispomos hoje para o controle da dor física e psíquica não justifica mais essa barbárie. O bom disso tudo é que as ações concretas existem nos mais diversos lugares, entre os mais diversos grupos, praticada pelos mais diferentes agentes. Juntos somos fortes. A hegemonia da morte interdita está com os dias contados! No lugar do abandono e frieza das UTIs, a companhia de quem amamos! Frente a ausência de autonomia, a possibilidade de afirmação da vida e da vontade até o fim! Diante do medo da dor total, a possibilidade clara de ser conduzido frente a finitude com o máximo de conforto possível! Queremos destacar, nessa luta, em primeiro lugar, cada profissional, cada familiar, cada pessoa, cada organização social que faz isso acontecer, em seu cotidiano, sem nenhum destaque de mídia, longe dos holofotes e bem próximo da humanidade de cada paciente, essa relação face-a-face onde se pode ver o âmago de quem somos: seres irmanados na vida e na finitude! Também queremos dar destaque ao movimento que recebe reforços do CFM, agora oficializando o Forum sobre Terminalidade, sob o nome de cuidados paliativos. Uma atitude ética em defesa da morte digna tão necessária em nosso meio. É fundamental que todas as profissões da área de saúde, como também outras instâncias da sociedade civil, cerrem fileiras. Há que se mudar uma cultura negadora da morte que coloca mais dias à vida mas retira a vida dos dias! Comemoremos! Comemoremos, sobretudo, agindo em nosso cotidiano em defesa dessa dignidade... nós que somos, todos nós, moribundos! A THANATOS - Sociedade Científica de Estudos e Pesquisa em Tanatologia da por