Wal-Mart e a Mercantilização da Morte (Mariana Farias)
O luto por animais: a difícil tarefa do desapego (Mariana Farias)
O Recalque como Expressão Artística: A Morte como Objeto (Erasmo Ruiz)
Mercantilização da Morte: Eros e Thanatos à Venda (Ayala Gurgel)
E, nada melhor para nos lembrar de um produto capitalista que precisa ser consumido do que os calendários. Eles anunciam de tudo: carros, pratos, casas, mulheres, crianças, animais, e, porque não, a morte.
Os antigos maias tinham em seus calendários a figura da morte (geralmente à sombra do sol). Ela conta o passar dos tempos, como o próprio tempo. Isso talvez para nos lembrar que não é o tempo que passa, somos nós que passamos.
Uma funerária italiana vem inovando nesse ramo já a alguns anos. O calendário de 2010 já está pronto e custa 9,30 euros. Ele, seguindo a lógica dos anteriores, reúne Eros e Thanatos em uma mesma mercadoria.
O calendário mostra a cada mês uma mulher ao redor de um modelo de caixão, que pode ser encomendado na loja da Cofanifunebri, em Roma.
Workshop de Biblioterapia (Lucélia Paiva)
A literatura infantil como recurso para falar de temas existenciais
Com Lucélia Paiva - CRP 06/16.410
Doutora em Psicologia - USP;
Mestre em Ciências (Oncologia) - Hopsital A.C. Camargo/SP
Psicóloga clínica e hospitar
www.luceliapaiva.psc.br
OBJETIVOS:
- A literatura infantil
- Ler, ouvir e contar histórias.
- A função humanizadora da literatura infantil
- Biblioterapia
- Exploração dos livros infantis referentes às temáticas
- Desenvolvimento da criança e a aquisição do conceito de morte: compreensão cognitiva e afetiva
- Reflexão sobre as várias perdas vividas e uma ressignificação na vida no acolhimento a tais perdas.
- Antecipadas até dia 30 de Outubro com 20% de desconto
- Ou duas parcelas de R$ 100,00 (13/out. e 13/nov.)
Forum de Bioética discutirá Morte Encefálica e Doação de Órgãos (Ingrid Esslinger)
Tema: “Morte Encefálica em pacientes não doadores:
implicações bioéticas e jurídicas”
Data: 28 de outubro de 2009
Horário: 19h
Público Alvo: Profissionais da área de Saúde
Local: Hospital Alemão Oswaldo Cruz - Auditório - Bloco B (14o andar)
Rua João Julião, 331 – Paraíso – São Paulo – SP - CEP: 01323-903
EVENTO GRATUITO
Confirme sua presença pelo telefone: (11) 3549-0042. Vagas limitadas!
Programação:
• Morte encefálica – Dr. Eli Evaristo e Dr. Sergio Pitelli
• Apresentação sucinta de dois casos clínicos – CoBi
• Discussão – Dr. Reinaldo Ayer (Sociedade de Bioética de São Paulo), Dr. Desiré Callegari (CRM e CFM), Dr. Paulo Pego Fernandes (APM) e CoBi do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Organização: CoBi do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Coordenação: Diretoria Clínica
Nós e os mortos (Mirian Miranda)
Um dia alguém me disse que a seguinte frase está escrita na entrada do cemitério do Gavião:
"Nós, os ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos.
Eu já fui o que tu és e tu serás o que nós somos."
Ao tentar encontrar algo relacionado vejam o que achei:
A Capela dos Ossos é um dos mais conhecidos monumentos de Évora, em Portugal. Está situada na Igreja de São Francisco. Foi construída no século XVII por iniciativa de três monges que, dentro do espírito da altura (contra-reforma religiosa, de acordo com as normativas do Concílio de Trento), pretendeu transmitir a mensagem da transitoridade da vida, tal como se depreende do célebre aviso à entrada: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. A capela, construída no local do primitivo dormitório fradesco é formada por 3 naves de 18,70m de comprimento e 11m de largura, entrando a luz por três pequenas frestas do lado esquerdo. As suas paredes e os oito pilares estão "decorados" com ossos e caveiras ligados por cimento pardo. As abóbadas são de tijolo rebocado a branco, pintadas com motivos alegóricos à morte. É um monumento de uma arquitectura penitencial de arcarias ornamentadas com filas de caveiras, cornijas e naves brancas. Foi calculado à volta de 5000, provenientes dos cemitérios, situados em igrejas e conventos da cidade. A capela era dedicada ao Senhor dos Passos, imagem conhecida na cidade como Senhor Jesus da Casa dos Ossos, que impressiona pela expressividade com que representa o sofrimento de Cristo, na sua caminhada com a cruz até ao calvário.
Imagino qual seria o sentimento que as pessoas em geral teem ao entrar nesta capela!!!!
Acredito que minimamente um quê de reflexão toma o pensamento. Partindo do princípio de que poucos se sentem confortáveis em ir até um cemitério comum e pisar ‘sobre os ossos’ imagine só estar rodeado deles!!!!!
Assistência e preconceito: essa relação vai durar até quando? (Elba Gomide Mochel)
Vários estudos apontam que as mulheres recorrem ao abortamento por motivos econômicos, principalmente por não viverem junto com o parceiro, ou por falha no uso do método contraceptivo ou já terem os filhos que planejaram. Optando por interromper a gravidez e necessitando recorrer ao hospital para o atendimento da morbidade que esta intervenção trouxe à saúde delas, essas mulheres se sentem desconfortáveis diante o profissional de saúde por não serem compreendidas na dor que a decisão pelo abortamento acarretou, além dos temores da própria morte . Isso porque, os profissionais foram preparados apenas para o atendimento no nível de necessidades biológicas e não para o atendimento das necessidades psicossociais, inclusive atendimento à mulheres nessas condições.
Nos caso de abortamento provocado, além de necessitar do tratamento de urgência, essas mulheres estão vulneraveis aos preconceitos dos profissionais que as atendem.
Nestes casos é indispensável o preparo do profissional de saúde para lidar com esta situação complexa onde seus tabus, preconceitos e convicções morais não deveriam prejudicar a relação interpessoal no processo de cuidar na maternidade, na qual o objetivo é atender a parturiente. Não é função do profissional de saúde fazer essa triagem moral, dedicando atenção àqueles que agem segundo a sua convicção e desprezando os que se opõem às suas valorações, mesmo que isso seja uma regra bastante comum e perceptível em nossas instituições de saúde.
Até quando prevalecerá? A tanatologia pode ajudar em quê para mudar esse paradigma?