Wal-Mart e a Mercantilização da Morte (Mariana Farias)

Essa notícia está rodando na net, mais especificamente sob o comando da BBC Brasil, e diz respeito direto às formas contemporâneas de mercantilização da morte.
A maior rede varejista do mundo, a Wal-Mart, começou a vender caixões em seu website.
A rede, que vende desde roupas, acessórios e fraldas para bebês até alianças de casamento, agora pretende manter a lealdade dos clientes até depois de sua morte. Os preços variam de US$ 895 (cerca de R$ 1.575) por um modelo de aço, até US$ 2.899 (cerca de R$ 5.102) por um modelo de bronze. A rede de supermercados permite que os clientes paguem os caixões em até 12 prestações, sem juros. Os caixões ficam prontos para entrega em 48 horas.
Um porta-voz da Wal-Mart Ravi Jariwala disse que a nova linha de caixões é "um teste limitado para entender a resposta dos clientes". Os preços da Wal-Mart são mais baixos do que o de muitas casas funerárias. Mas um porta-voz da indústria disse que não está muito preocupado com a concorrência porque, segundo ele, a rede varejista não oferece às famílias em luto o "toque humano". Pat Lynth, da Associação Nacional de Diretores de Casas Funerárias, disse à agência e notícias AP: "Não há nenhuma dúvida para mim, que sou diretor de uma casa funerária há 40 anos, que o elemento mais crítico é o contato humano".

Um comentário:

Anônimo disse...

As pessoas nascem vivem e morrem de maneira diferente. Mas lendo este texto, aprendi que assim como o elemento mais crítico para o indivíduo moribundo e para a família dele é o contato humano, afirmo que nas maternidades, quando o indivíduo nasce é este também o elemento que costuma ser mais crítico para a mãe e o bebe.


Elba Gomide mochel - enfermeira obstetra que trabalha 40 anos nesta área.