A Morte Pode ser Engraçada!

Deixo com vocês dois pedacinhos do filme "O Sentido da Vida" do grupo inglês "Monthy Python". Eles adoram satirizar nossos mais "sólidos" valores e, neste filme, saem em busca da resposta para a tradicional pergunta: "qual é o sentido da vida?". Prestem a atenção sobre a esquete dos peixes no aquário do restaurante e, em seguida, uma animação musical sobre a pergunta do filme: IMPAGÁVEL!

3 comentários:

Editores disse...

Hoje eu não quero falar sobre a morte


Tudo na vida passa você não acha... Eu não sou o mesmo de há 2 horas.
É engraçado depois dos 50 anos a gente vai se acostumando a ficar mais em casa , não por comodismo mas porque precisamos de mais tempo para se refletir , organizar as idéias , elaborar projetos de vida . Às vezes a opção de ficar em casa naquele dia ou final de semana pode soar como uma desconsideração a um convite de um amigo e é preciso ter cuidado para não se magoar os amigos mas deve sim ser entendido como uma opção de um dado momento até porque há momentos que também desejamos sair ,respirar o ar das calçadas , sentir o cheiro das pessoas e desfrutar de momentos impagáveis como os da Padaria.

Eu continuo com o pensando muito parecido com o que eu tinha há 30 anos , a gente evolui as idéias com o amadurecimento e vai mudando um pouco. Não, eu ainda não consegui acreditar em divindades. Se um dia eu tiver algum tipo de fé eu direi sem constrangimento. Respeito o pensamento religioso dos outros, mas concordo com o filósofo Ayala Gurgel que nos disse aqui em Fortaleza que não estava mais a fim de discutir sobre religião. Eu também não estou mais, não tenho mais saco para esse tema me desculpem a sinceridade. Discutir o amor, a arte, a ingratidão, a falsidade ou o companheirismo me parece mais atual. Por exemplo, como é difícil a convivência em sociedade. Porque somos tão diferentes, nós os seres humanos. E cada vez mais que percebemos isso mais compreendemos a nossa fragilidade.

A arte é fundamental porque só a produzimos com vida daí eu ter minhas reservas aos apologistas da morte . Devemos sim ser apologistas da vida que é única e bela, mas essa beleza é efêmera, só existe enquanto vivos estivermos. Você só existe porque eu existo, quando eu me acabar você não é mais nada também. Repare bem, só conseguimos ver nossa face através de um espelho............ o espelho sou eu. É complicado esse entendimento.
A burrice me incomoda muito . Mas temos que ser tolerantes com a sociedade . São poucos os que têm oportunidade de desenvolver seu pensamento , crescer como gente . Nossa população é na sua maioria inculta porque não teve oportunidade de acesso á educação e seu mundo fica muito restrito . Eu conheço pessoas que não sabem nem seus nomes completo , quantos anos têm e onde residem. Vejo todos os dias criaturas perderem a vida por R$ 10,00 reais ou uma discussão gratuita , bobagens enfim. A burrice brutaliza o homem mas tenho a consciência que existem pessoas que tiveram oportunidade de crescer e continuam brutas e animalescas .




O ciume é inerente ao ser humano , todos nós somos ciumentos uns mais outros menos mas somos .Não tem nada com o amor, mas o sentimento de posse. Egoismo , não conheço ninguém sem esse sentimento , todos somos egoistas até demais por isso que o "amai uns aos outros " nunca funcionou e nunca funcionará enquanto humano formos. Falsidade , não conheço nenhum mortal que não seja falso , com meus amigos eu consigo ser o menos falso possivel . Loucura , a loucura está dentro da nossa genealidade , os gênios sempre serão loucos. A morte , é a concretude ao nosso lado , ninguém escapa . Depois da morte vem o nada .


Fortaleza 24 de maio ( domigo ) de 2009

Luiz César Carvalho

Editores disse...

errata - genialidade

Anônimo disse...

"Conversas de domingo"
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Marco Antônio Abreu Florentino disse...
ATÉ QUE ENFIM UM DESABAFO SINCERO.
Quer saber? Esperava esse depoimento de LC há muito tempo. Sabe por que?
Porque insistimos na falsidade e egoismo entre nós mesmos, que nos consideramos verdadeiros amigos... verdadeiros amigos , porém, com algumas ressalvas a saber: Luiz, com essa natureza comportamental autoritária, beirando à conduta nazi-facista em querer determinar os rumos de uma relação fraternal espontânea. Brilhante, com uma carência existencial, digamos que psicanalíticamente compreensível, visto que numa aparente e inocente brincadeira entre amigos, chama a atenção para a roupa, relógio e óculos usados por seus pares fraternais, como se ele fosse oriundo de uma classe altamente aristocrática e Ayala Gurgel, com essa soberba intelectual além da conta que, invariavelmente, se resume a reconhecidos conhecimentos filosóficos, mas que se ressente de de uma cultura artistica e literária mais ampla, tendo também explicações de ordem pscanalítica... e até mesmo Erasmo Ruiz, o qual diga-se de passagem, tive uma excelente impressão pessoal,mas com essa fixação acadêmica no tema morte, desvirtuando, pela insistente banalização deste tema no blog Thanatos, indo de encontro à concreta necessidade de uma reflexão profunda na questão, mostra o quanto o ser humano é irrestrito, amplo e naturalmente presunçoso. Meu querido amigo LC... somos egoistas sim, e muito. Somos vaidosos sim, e muito. Somos preconceituosos sim, e muito. Mas com certeza não somos medíocres, pelo menos no juízo de valor ao qual nos inserimos. Permita-me discordar de uma afirmação sua: você e Ayala necessitam em demasia da religião, mormente a cristã, pois foram forjados nela. Querem a todo custo renegá-la... mas é mentira, foram marcados por ela e hoje tentam, a todo custo, exorcisá-la. Nunca vão conseguir. Entretanto, tenho muma admiração descomunal por vocês... pela inteligência, pela sensibilidade e principalmente pela capacidade de transformar a vida, o cotidiano, num espetáculo, num show, levando-nos a acreditar que a vida é bela e que valeu a pena termos sido concebidos, não por Deus e o Espírito Santo, mas pela ínfima probabilidade do encontro de um espermatozóide paterno com o óvulo marterno, além de escaparmos de tantos eventos que poderiam inviabilizar nossas existências, por sinal, malditas existências... pra que? Para encontrarmos a morte? O nada? Antero de Quental estava certo: ¨Que sempre o mal pior/ É ter nascido.
Enfim... desculpem, se é que amigo precisa pedir desculpas, a crueza das palavras... mas acho que vocês precisavam ler para ruminar tais questões.
Do amigo de todas as horas
Marco Antônio Abreu Florentino