Brasil é 38° em ranking de qualidade de morte (Ayala Gurgel)

A Economist Intelligence Unit divulgou  estudo que avalia a qualidade de morte em 40 países. 
O resultado deixou a Grã-Bretanha em primeiro lugar, seguida da Austrália e Nova Zelândia. O Brasil em 38, próximo da Índia (40ª), China (37ª) e Rússia (35ª). A principal razão para isso, segundo a revista, é a presença e qualidade de uma política de assistência paliativista nesses países.
A dignidade humana dos moribundos deixa de ser apenas uma bandeira de luta e passa a ser um indicativo moral da assistência à saúde de muitos países, não apenas como ação isolada, mas como política pública. Por isso, a pesquisa, encomendada pela Fundação Lien, uma organização não-governamental de Cingapura, analisou indicadores quantitativos - como taxas de expectativa de vida e de porcentagem do PIB gasta em saúde - e qualitativos - baseados na avaliação individual de cada país em quesitos como conscientização pública sobre serviços e tratamentos disponíveis a pessoas no fim de suas vidas e disponibilidade de remédios e de paliativos. De acordo com a Aliança Mundial de Cuidado Paliativo, mais de 100 milhões de pacientes e familiares precisam de acesso a tratamentos paliativos anualmente, mas apenas 8% os recebem.
No Brasil, por meio da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, a defesa da dignidade humana dos moribundos e a formulação e implementação de políticas públicas de cuidados paliativos tem sido uma bandeira constante nas mais diversas frentes de atuação. Um movimento popular que cresce a cada dia porque acredita que a morte é o coroamento da vida: não há uma vida digna sem uma morte digna.

Um comentário:

Erasmo Ruiz disse...

Parabéns meu amigo Ayala! Belo e conciso texto, quase que um manifesto! Publiquei agora a pouco na rede Humanizasus texto sobre a mesma matéria!

Abraço do ERASMO