A Enfermagem diante do contexto da morte (Grecy Oliveira)


O medo da morte acompanha o ser humano desde o principio da vida, porém é uma situação tão desagradável que é preferível não falar sobre o assunto; com esse pensamento crescemos sem saber lidar com a partida de seres queridos.


Com o avanço da tecnologia e com a certeza de um dever comprido por parte da família, no que diz respeito ao âmbito da saúde podemos dizer que hoje em dia as pessoas ‘’preferem” morrer em hospitais, ou seja nos últimos minutos que antecedem a morte estão em um lugar e com pessoas estranhas que as cercam naquele momento, este fato acontece pela busca de cuidados específicos no leito da morte, diferente de anos atrás em que as pessoas faleciam cercadas pelos seus entes queridos em seu próprio lar.


Por conta desta mudança os profissionais da saúde, em especial a equipe de Enfermagem, vê-se diante de vários sentimentos de angústia, sinal de fracasso, frustração, impotência, missão de um dever cumprido e muitas das vezes emissor de uma má notícia. 


Os profissionais da saúde já são taxados com desumanos, isso acontece pois a morte já faz parte do cotidiano do âmbito hospitalar principalmente em UTIs, por experiência própria posso observar que há um despreparo por parte destes profissionais em lidar com a família neste momento.


No que diz respeito aos colegas da enfermagem podemos considera-los como transmissores de uma má notícia ou uma ponte de elo entre os médicos e a família ou ao próprio moribundo em vários casos recai sobre eles o anuncio de uma notícia desagradável, por estarem em contato permanente com o doente.


A enfermagem é uma profissão vista para prestar cuidados ao doente e não para realizar uma tarefa muitas das vezes difíceis o anuncio da morte, ou se vê em uma situação de agonia do paciente no leito da morte e sem saber o que fazer, pois existe submissão aos médicos, não podendo realizar uma simples manobra que poderia salvar uma vida.

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