O medo da morte
acompanha o ser humano desde o principio da vida, porém é uma
situação tão desagradável que é preferível não falar sobre o
assunto; com esse pensamento crescemos sem saber lidar com a partida
de seres queridos.
Com o avanço da
tecnologia e com a certeza de um dever comprido por parte da família,
no que diz respeito ao âmbito da saúde podemos dizer que hoje em
dia as pessoas ‘’preferem” morrer em hospitais, ou seja nos
últimos minutos que antecedem a morte estão em um lugar e com
pessoas estranhas que as cercam naquele momento, este fato acontece
pela busca de cuidados específicos no leito da morte, diferente de
anos atrás em que as pessoas faleciam cercadas pelos seus entes
queridos em seu próprio lar.
Por conta desta mudança
os profissionais da saúde, em especial a equipe de Enfermagem, vê-se
diante de vários sentimentos de angústia, sinal de fracasso,
frustração, impotência, missão de um dever cumprido e muitas das
vezes emissor de uma má notícia.
Os profissionais da
saúde já são taxados com desumanos, isso acontece pois a morte já
faz parte do cotidiano do âmbito hospitalar principalmente em
UTIs, por experiência própria posso observar que há um
despreparo por parte destes profissionais em lidar com a família
neste momento.
No
que diz respeito aos colegas da enfermagem podemos considera-los
como transmissores de uma má notícia ou uma ponte de elo entre os
médicos e a família ou ao próprio moribundo em vários casos recai
sobre eles o anuncio de uma notícia desagradável, por estarem em
contato permanente com o doente.
A enfermagem é uma
profissão vista para prestar cuidados ao doente e não para
realizar uma tarefa muitas das vezes difíceis o anuncio da morte, ou
se vê em uma situação de agonia do paciente no leito da morte e
sem saber o que fazer, pois existe submissão aos médicos, não
podendo realizar uma simples manobra que poderia salvar uma vida.
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