Fomos todos assaltados por uma notícia inesperada, embora venha se tornando comum nos mais diversos ambientes (não só em boates, mas também em igrejas, escolas e residências) e lugares (não são apenas os países periféricos, mas também os capitalistas centrais, da américa à oceania): vidas sendo findadas em decorrência de acidentes perfeitamente evitáveis e causadores de muita dor, sofrimento e comoção.
O caso de Santa Maria do Sul não é único, mas nem por isso não pode ser pensado como se fosse, pois, nesse momento, a morte de cada um é única, a dor de cada amigo, parente, amado e amante é única. Contudo, mesmo sendo única, é coletiva, pois a solidariedade que nos move ao encontro de cada um, de cada uma, é de todos. É da humanidade que há em nós.
As responsabilidades precisam ser apuradas e os culpados punidos. Isso não trará ninguém de volta nem aliviará nenhuma dor, mas, certamente, a impunidade e o descaso continuado aumentará a dor dos enlutados e a geração de novas vítimas. Crimes (isso não foi uma catástrofe) como esse não podem ser tolerados nem passar em vão. Que aprendamos com o sofrimento e a morte de tantas pessoas. E, quem puder ajudar, faça algo. Quem não puder, por favor, não atrapalhe. O povo enlutado, gaúcho ou não, familiares ou desconhecidos, não precisam de piadinhas religiosas, racistas, políticas ou difamatória. Uma sociedade que não respeita os mortos é uma sociedade de abutres.
A comunidade gaúcha convoca a nossa solidariedade: psicólogos, bombeiros, médicos, enfermeiros, assistentes espirituais, assistentes sociais... homens e mulheres de boa vontade que estejam dispostos a ajudar. A simplesmente ajudar. E que saibam fazê-lo, não para a própria promoção, mas para ajudar aos que mais precisam.
Nosso blogue se solidariza com todas as pessoas enlutadas e abomina as piadas de quaisquer ordem contra o sofrimento alheio.
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