Você já pensou com que roupa gostaria de ser enterrado? OU, quem sabe, cremado? Ora, esse tipo de pergunta ninguém faz hoje em dia, embora a roupa do morto de uma certa forma continue sendo uma coisa importante.
Existem aqueles que querem ser enterrados com a camisa de seu clube preferido. Outros expressam no morto aquilo que ele foi em vida e acabam lhe botando um bem cortado terno de advogado, toga de juiz, jaleco de médico ou uniforme de militar. As possibilidades são muitas.
No entanto, poucos discutem o que seria uma roupa apropriada para os mortos, principalmente numa época em que as preocupações de ordem ecológica são plenamente justificadas.
Pois descobrimos recentemente a estilista australiana Pia Interlandi. Quando perdeu seu avô ficou a se perguntar sobre qual roupa seria mais adequada para alguém ser enterrado."Eu estava dando o laço no cadarço de seus sapatos quando me perguntei : mas onde ela vai andar? Não precisa de sapatos".

Como nos ensina Norbert Elias: "A Morte é um Problema dos Vivos". Em tempos de preocupações ecológicas talvez em futuro próximo seremos todos sepultados em roupas que possam tranquilamente se decomporem conosco.
Resta saber como o capitalismo irá transformar essa idéia em mercadoria para todos. Talvez famosas modelos possam dramaticamente promoverem essas vestimentas em tanáticos desfile de modas. Ou então, poderemos chegar num magazine e comprar nossa roupa para a última viagem em 5 vezes sem juros. Esse mundo fashion cheio de glamour acaba de chegar à morte. Agora o céu é o limite...ou quem sabe o inferno!

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